terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Outras impressões sobre dez de janeiro.

Ruas de Alcobaça, toda a gente num pulsar contínuo. Uns mais vivos que outros. Nostalgia. Um recordar sobre gente como víscera da bola gigante e azul. Calor e povo. Pessoas surpreendidas nas praias dando as mãos com pouca dificuldade. É que platéia de intervenção urbana reage assim: ora distante, ora de mãos dadas com o ator.

Nas cidades litorâneas, sobretudo em algumas praias da Bahia, mesmo um observador distante parece possuir vida. Há quem esteja pulsando com tanta intensidade que parte para o jogo cênico com inteireza e que sob sol escaldante reage aberto, exposto, jorrado por intuição, água do mar, sol, areia e às vezes, um pouco de álcool. Quando muito, joga ou atrapalha.

Praia tem dessas coisas. Quando a escolha de um lugar estratégico é feita - longe dos carros de sons potentes e próximo da gente que cede aos olhares - a reação interna é: Ali! Vou fazer uma apresentação ali!

Para a primeira apresentação do dia montei o circo na frente do público. Pedi licença ao senhor da cerveja e ao garoto do queijo. Dividi mesa com eles. A melhor delas, posicionada estrategicamente como um palco improvisado. Nela fiz maquiagem, calcei meias e sapatos, vesti figurino, troquei olhares, agucei curiosidades. E foi assim, recordando Chacovachi, palhaço argentino que faz isso tão bem, que preparei a arena.

Instrumento, cantiga e história. No meio dela um senhor cruza a cena e se posiciona entre mim e o público. Me fita os olhos e se mantém paralisado. Um duelo! Mas com a chegada do terceiro boi, um grito: NASCEEEEEEEEEEEU! NASCEEEEEEEEEEU! Ameaças de chifradas fazem o homem correr e esconder os fundilhos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Alcobaça!


Alcobaça, dez de janeiro. "A história dos três bois", quiósques, cinco apresentações e encontro inusitado com amigos no fim de tarde. Uma encenação para eles e outros. O brinde no Deck Bar, a celebração e os guaiamuns. Antes vivos e grandes para ferverem no caldeirão da velha bruxa cozinheira. Deliciosos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Uma caminhada e o novo ano.

19 de dezembro, uma oferta de abrigo em Alcobaça. Emilly surge no melhor momento e Leo com o ponto de apoio estratégico na Praça da Caixa D'água. Obrigado aos dois! Izabel, Gabriel e Pedro, obrigado pela carona!
O risco da aparição solitária em praça pública. Parquinho, pula-pula, escorregador, roda formada para apresentação de cinco minutos, corpo dilatado, olhar convidativo, famílias, crianças dentro da história, jogo constante com elas, boi em posição de ataque. Ufa! Que roda!
De Alcobaça ao Prado. Projeto em mãos, secretários, prefeitura. Tentativa de veranear com teatro e música itinerante na cidade. Nenhuma resposta. Os parceiros Saulo e Maria em Minas aguardam resposta, eu também. Vamos atacar ao modo antigo?
De Prado à Manguinhos, Serra, Espírito Santo. Duas apresentações em três de janeiro. Bom ano! Na praça para as crianças, depois para toda a gente do Enseada, restaurante da esquina.
Hoje Bahia. Próximo fim de semana em Alcobaça, Prado ou Manguinhos?
Que venham os dias cheios da vida com a gente cheia dela!
Que venham inteiros!