quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Prado, Bahia, apresentações e cama de barco emborcado.


Noite de sábado com quatro micro-apresentações no Prado, extremo-sul baiano. Vinte e oito de novembro, fim de mês, poucas pessoas na praça. Algumas crianças e reações, muitas. Um esboço de cicerone em André, garoto da praça, surpresas e sustos nas Marianas, Solange com doçuras e Maíra rindo de tudo, esbaldando-se. Outras meninices tímidas, atentas, observam de longe. Mais adiante, numa caldaria, quatro mulheres como pretendentes a namoradas do palhaço. Conversa dissimulada, insinuação, jogo e mote para a última apresentação da noite.

Nela ecoam ensinamentos dos vendedores de rua:

Conquiste um, conquiste outros. Conquiste uma mesa, conquiste todas.
Jogue o foco numa mesa para as outras! E o foco na apresentação para todas!

Domingo, sol intenso, beira mar, cama de barco emborcado. Deitado. Olhos fechados. Sons das folhas dos coqueiros em dança ao vento como cantos dos bambuzais entoados nas Minas Gerais.

Nilda, obrigado pela casa! Obrigado Nôzinho!

domingo, 22 de novembro de 2009


Teixeira de Freitas, Bahia, 21 de novembro na Praça da Bíblia aos negros. Evento nos dias 20 e 21 com cerimônias que serviram também para encontros entre capoeiristas, membros de associações, artistas, representantes do poder público e gente interessada. Entre atletas e artistas algum esforço esboçado em dar seguimento ao movimento cultural da cidade. Entre os representantes do povo, demonstração de boa vontade. Poder. Promoções e escolhas.

Em aparição inusitada no segundo dia de evento, Matulandante e João Andarilho (André Mastrorocco) estréiam parceria em contação de história na cidade do extremo-sul baiano. Apresentam-se na praça e seguem ao shopping da cidade. Distribuem poesia em praça pública e na outra, também de alimentações.


E seguem para Recreios Bar, Loft Pizzaria, Recantos Churrascaria e Pub Manguetown. Um clima de mudança no estado natural dessas casas. Tempo de inserção. De outro olhar, outra linguagem artística para as pessoas e cidade.

Bambaia, Carol, Trupe FincaPé, obrigado pelo texto e andanças iniciais!
A idéia na caminhada é de acréscimo. Novos textos, linguagens e formas.
Mas inevitável retomada de "A Estória dos Três Bois" na Bahia.
Valeu demais! Pelos caminhos e possibilidades!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Retorno às praias. Alcobaça. Ontem e antes de ontem.


Encontro com os meninos da árvore. Vendedores de sementes em coláres. Três reais a unidade e um pedido: dinheiro. Outro pedido: salgadinho chips. Picolés. Conversas em cima da árvore. Embaixo dela. Estórias sobre crianças, demonstração de outro trabalho e gelo pela garganta. Cinquenta centavos, de limão. Por outro anônimo, também garoto.

A alforria continua. Salve Chico Rei!

Seis, sete, oito, novembro. Após confecção de bonecos, adereços e definição de dramaturgia, eis que finalmente outra história. Agora com os três parceiros dividindo a cena. Uma curta contação com relampeios sobre Rei Galanga, tirada da nossa mala de viagens. Estréia na sexta-feira em passagem rápida por bares, restaurantes, praças e ruas de Ouro Preto-MG. E fim de semana de intenso trabalho.
Trabalho. Muito. E outubro como mês de concepção e posturas assumidas para esse tipo de criação. Chico Rei como lenda e realidade. Questões sobre como relatar o que de fato é fato e o que de fato é... !
Entre as apresentações, uma no restaurante que é casa e é dos contos, em domingo, dia de almoço para grupo de franceses. E a interrogação estampada em cada semblante. Sax, banjo, cantos, bonecos, cartas e dúvida. Os espanhóis da grande mesa ao lado salvando mais em generosidade que em entendimento. Romper a barreira da língua com imagens e sons. Um objetivo.
Maria Clara, Saulo Campos, aguardo vocês noutras cidades. Minhas andanças necessitam de vocês para a fluidez e não engessamento das formas. Salve Chico Rei!

domingo, 8 de novembro de 2009

Goiânia, primeiros dias de novembro.

Cor de Fubá, Matulandante, domingo de manhã, primeiro dia da semana e mês, feira hippie de Goiânia. Apresentação para feirantes, ambulantes, transeuntes concentrados na esquina. A difícil tarefa de segurar o tônus do corpo e cativar a atenção de todos até o fim. Sax, tambor, cavaquinho, pandeiro, pif, voz, texto, chapéu. O suficiente para abastecer cada corpo com muita água de coco.

Noite. Shows de Cor de Fubá, Passarinhos do Cerrado, Docktor Bhu e Shabê. "O que cê quer, broda?!" Os dois rappers de Belo Horizonte ao som de Cor de Fubá. Bom em conjunto som.

sábado, 7 de novembro de 2009

Fim de mês.

Semanas anteriores. Dias 23, 24, 29, outubro.
Matulandante e Campolina (Saulo Campos). Leveza e duelo entre vísceras do organismo ouro-pretano e dupla de atores. Labuta. Mais um fim de semana nas ruas. Sete apresentações no sábado, uma no aniversário de uma amiga advinda dos Albuquerque. Cinco no domingo, Mariana e Ouro Preto – MG. No aniversário a generosidade dos amigos. Nada como presentear e ser brindado por um bom público!
Com Maria Clara na sexta-feira de 30. Quatro apresentações antecedem a partida para Goiás. Duas delas, boas. Noutras, público disperso e algumas dúvidas. Voz dos atores mal projetada? Dramaturgia pouco eficiente para o público da noite? Fim de mês? Ziquizira? Retorno ao Quartel General, demaquilante, acerto de contas, van e Cor de Fubá. Viagem para Goiânia. Música. Sono. Banzo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Matulandante, Campolina, Ouro Preto.

Um fim de semana, vários ensaios com o parceiro Campolina, onze apresentações de "a verdadeira história da garota do chapéu vermelho". Sábado de reestréia com parceria interessante. Domingo de sol, belas apresentações, dia e noite.



Os ajustes no sábado, dia 17/10. O afinar dos tempos nos novos ensaios abertos em ambientes particulares. O prazer no domingo com texto assimilado, pausas bem colocadas, respirações e jogos acertados. O presente aos capixabas de São Mateus sentados no "pirulito" do centro da Praça Tiradentes. Poliana, Lílian, seus amigos, colegas e professores. Uma aproximação deles, conversas leves, curiosidades... "ah, vamos fazer uma apresentação pra eles?" (pausa) "Vamos! Vamos sim. Vocês gritam alto no três pra chamar mais gente, pode ser?" (Valeu Diogo Também! Funciona mesmo!) Cerca de sessenta pessoas em torno, público grande. Bêbado na cena, Lôko Maureliano o escorraçando, público vibrando, intruso embriagado fugindo envergonhado... E retornando, sem intensidade para atrapalhar. Aplausos sinceros, cantoria, ritmo, abraços, fotos, trocas de contatos, despedidas.

Amaterassu‏. A fogueira acesa nesse dia, as danças, celebrações, cantos, energias femininas e milhos postos nos nossos chapéus trouxeram sorte. Obrigado. Iniciar a noite apresentando para vocês nos trouxe leveza. Fomos presenteados.

E a noite segue ao Passo, ao Sótão,
Choperia e churrascaria. Ao caminho de casa.
Saulo seja bem vindo!

AMATERASSU. Eu recomendo esse espaço:

YOGA -Terças, Quartas e Quintas às 8h da manhã e as 19h, e Sexta apenas às 8h. Investimento: 2 x por semana = R$35,00 / 3 x por semana = R$45,00
ALIMENTO VIVO - Almoço comunitário (traga verduras, legumes ou frutas, se souber como, traga também suas sementes germinadas) SEXTAS-FEIRAS - entre 11h e 14h.
DANÇAS SAGRADAS E MOVIMENTO BIONCONSCIENTE - Sextas-feiras às 21h Investimento: alunos da UFOP- R$30,00/ demais participantes R$50,00

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Lavras Novas, 12 de outubro, cachoeira e quatro apresentações.

Cachoeira dos pocinhos, caminhada, pulos n'água, trilhas, acampamentos, anônimos, pouco mais de água, retorno. Encontro com o Sol. Não o de Belo Horizonte, mas o do dijeridue, djambe, pandeiro e reticências. Conversas sobre contações de histórias, idéias, sugestões.

Carona, Maria agradece e desce. Outro reencontro. Mais palavras com Sol e Cláudia, sua companheira. Almoço. Idéias sobre a passada de chapéu. Aquilo experimentado no dia anterior... em tom de diálogo com o público.

Quatro apresentações. Todas muito boas. Fuxico e gramado central repleto de mesas (impressionante como ganhamos a atenção de todos). Satisfação ainda maior ao apresentar para a turma de Belo Horizonte, João do Camping E Rock e seus amigos. Prazer em conhecê-los. Divertidíssimo momento!

Ônibus de volta. Sorvete e biscoitos para a confraternização. Um brinde!

Clara, Maria Clara, Anticorpo, Clara Anticorpo...

Clareou outubro, sábado, domingo, segunda. E a cena, em clima de ensaio aberto, saboreou o mesclado de sufoco e calmaria. Experimentou tremor, suavidade e Maria Clara, muito bem-vinda!

Fim de semana. Sábado. "A verdadeira história da garota do chapéu vermelho" em parto no Sótão. O almoço estava delicioso. Tia, o suco também. Domingo, dia 11 de outubro, rumo a Lavras Novas. Clara Anticorpo, Matulandante e Natália deitados em pedra. Cachoeira e o verde no horizonte. Turistas, trilheiros, olhares curiosos em nossa direção. E apresentação aos pedidos. Pedra mata natureza, com vírgulas. Conto uma história com vento, banjo, pássaros, verde e pausas.

O dia segue. Maquiado, montado, eu, Clara também no restaurante do seu Domingos. Dois ambientes. Ajustes, "ensaios abertos", chapéu... A rua como sala de ensaio. Outras apresentações, outros lugares, praças, aglomerados, bares e restaurantes. Klander, obrigado pelo "q.g.". Pausa para almoço. Outras apresentações. Ônibus.

- Tchau Maria, tchau Natália! Aguardo vocês!

Reencontro Luís, encontro Emília. Conversa, confiança. Pouso. Maquiagem, figurino para trabalho solo, nariz. Caminhada, reconhecimento, ambientes da noite. Dois lugares, três apresentações.

Nessa noite, a atenção voltada para a verdade e lógica do palhaço. O nariz como possibilitador de jogo com o público no início e fim de cada apresentação. Houve busca por momentos de chegada e finalização de cenas desapegados da facilidade do texto pronto. Um início mais solto, em conversa com o público. E uma despedida com a "seita" através de outro tom de abordagem. O desejo do bate-bola, troca, palavra que chega aos ouvidos e retorna através de olhares, sorrisos sinceros, cumplicidade.

Iago, Nara, Maria e Jéssica... Suas buscas por novidades provocando nostalgia. Gabriela e seu companheiro Sol de Belo Horizonte, sorte com os bonecos e composições! Fred e sua companheira, obrigado por guardarem o Lôko Maureliano!

Emília, Luís, Eiru e Ananda,
obrigado pelo abrigo, sucos, risadas, bananas e simpatia!

sábado, 5 de setembro de 2009

São João Del Rei, domingo, 30 de agosto.

Em São João algumas apresentações. Poucos momentos, muitas pessoas. Encontro com esse patrimônio vivo da cidade, violão e paródias. Inglês reinventado, canções brasileiras modificadas sem o mínimo pudor. Liberdade, criação, reinvenção. Outro planeta.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tiradentes, São João Del Rei e Belo Horizonte.

São João, sexta-feira, 28 de agosto, PH a nos encontrar e hospedar. Nosso muito obrigado ao PH! Matulandante com Viola Voadeira (Gustavo Pacheco) a apresentar e experimentar, de improviso, sons e textos, em restaurante escolhido para o brinde à chegança. Êita festejo bom, sô!

Dia seguinte, padaria, café e pé na... ops! Carona na estrada. Valeu PH! Tiradentes - Festival de Gastronomia. Mesas, calçadas, praças. E entre tantas e tantos, no centro da grande praça, uma mesa cheia de gente gritando, chamando, pedindo música. Tocamos, cantamos, apresentamos. Proseamos e fomos surpreendidos. "São os pais da Biê? Os tios?" Pausa longa para vinho, cerveja, cantigas populares, histórias, abraços, bons desejos, alegrias! Pais, tios, parentaiada: que a onça, a arara, a garça e as tartarugas se multipliquem através do gesto e retornem em fartura aos seus bolsos! Obrigado por tudo! Alegria recíproca!

Fim de tarde, outro descanso no banco da grande praça. Adiante surgem quatro palhaços, montam roda, apresentam-se. Tocam, cantam e juntos tocamos e cantamos com eles. Tocamos, jogamos e trocamos com o quarteto de bôbos. Do banco assistimos seus jogos e brincadeiras. Aplausos. Roda formada, público grande, Viola Voadeira conta causo. Cachorro maluco interfere na história. Risos. Outra história. Chapéu. Troca de idéias. Alunos do primeiro período de Artes Cênicas da Universidade Federal de São João. Alguns números, muita garra e bom jogo o deles. Bom encontro.

Outros encontros. Luís e sua arte em prata, Lahiri com seus desenhos e pinturas, Segabinazzi com desenhos, fotografias e idéias instigantes. Mãe que trabalha com artes gráficas a encantar os dois últimos e a nós também, fora e dentro do ônibus. Filha dormindo. Balanço do carro. Caminho de volta. Despedida.

Mais à noite muita festa. Michele, seu companheiro, seus amigos, outra carona. Banda boa, cerveja, Festival de Literatura de São João Del Rei. Madrugada interessante.

domingo, 23 de agosto de 2009

Despedida da Bahia, sexta-feira, dia 21.





Teixeira de Freitas. Rodoviária. Dessas despedidas cheias de encontros com amigas que a gente conhece na rodoviária por indicação de amigo malabarista.
Fabrícia, valeu pelas fotos e situação de gargalhadas em segredos revelados! Larissa e Mayra, pelos sorrisos e bons momentos!


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Teixeira de Freitas - BA, noite de quinta-feira, dia 20 de agosto.

Passeio noturno reconhecendo lugares. Um corte no caminho, um atalho, um presente. Churrasco, bar do Gel, pessoas do bairro. Homens, crianças, mulheres, idades. Ambiente lotado. Pessoas em torno. E todos, eles e eu, conhecendo lugares.

O acaso a surpreender. Da rodoviária ao bar do Gel.
Duas marcantes apresentações. Público humilde a aplaudir com vontade! E durante passagem de chapéu algumas piadas de um cliente a gritar do interior do bar - Essa sua seita ta melhor que a do Edir Macedo! - Brincadeiras sinceras e respostas não menos francas, em tom palhacesco, despojado e tolerante, apontando para a televisão ligada e falando algo sobre o olho no olho e a cara à tapa. Experiência forte, intensa.

A noite segue. Espetinho. Garçonete antiga e conhecida de outros tempos. Pergunta sobre o teatro e obtém resposta com a apresentação que faço logo em seguida. Entre os clientes, dois companheiros de viagem oferecem carona até Carlos Chagas. Passagem comprada, compromisso em Ouro Preto no sábado de manhã, mas muito obrigado! Apresentação difícil, trânsito barulhento na avenida.

A última apresentação, praça da Bíblia.
No chapéu, sorrisos, olhares repletos de alegria e um morango, surgido de maneira inusitada.

Quinta-feira à tarde em Itabatan - BA. Rodoviária.



Hiran, fotógrafo e motorista.
Um presente pelo que vi. Lágrimas escorrendo de tanto rir.
Da situação e da senhora comentando - affff maria, é o fim do mundo mesmo!

Existe povo mais generoso que o encontrado na rodoviária de Itabatan? Êita povo bom, rapaz!



Baiana do Acarajé. Teixeira de Freitas - BA, dia 19 de agosto.

Quarta-feira de mais uma visita ao Grupo TEMAT. E de visita à baiana que vende o mais gostoso acarajé da cidade, a do posto conhecido pelo mesmo nome que antecede a vírgula. Baiana do tempero bom conversando com outras também baianas. Conversas sossegadas, tranquilas, mansas. Sobre isso, aquilo outro e as comédias da televisão brasileira... o ator "engraçado que eu gosto muito".

- Então você gosta de comédia?

- Ah, eu gosto. Gosto mesmo. Tem um ator que ta nesse programa de agora. Eu acho ele muito engraçado.

- Pois então vou tentar trazer um número pra você. Não sei se vai ser tão engraçado quanto esse que você gosta, mas vou trazer ele daqui a pouco. Vou só ali buscar.

E a noite seguiu em festa, brincadeira, gargalhada e entrosamento. Baianas e clientes. Excelente noite!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Terça-feira, dia 18, dia de visitas.


Oficina de Teatro no shopping com Eujácio, ator, diretor, pai do Greg (anfitrião pradence, também ator, artista de rua). Alunos cheios de entusiasmo e vontade. Momentos de finalização do longo período de oficina.

Visita rápida, contato com o processo de criação, momento para troca de idéias e rápida apresentação do trabalho matulandante. Injeção de mais vontade e entusiamo, eu acredito.
Alunos, Grupo TEMAT, Eujácio, satisfação grande! De ver que estão na luta, na busca. Que é, consciente ou inconscientemente, para o fortalecimento e inclusão do cidadão na sociedade através do teatro. Obrigado e até a próxima!


RECREIOS BAR. Gilson, dona Regina, Luana. Onde Pablo estava?
A visita também foi oportuna para retribuir a hospitalidade de sempre.
Apresentação para minguados oito ou nove clientes do fim de noite e donos da casa. Chapéu cheio. Para ficar lá mesmo, na casa, gasto na mesma hora com alegria, satisfação e conversas descontraídas de balcão e mesa de bar. RECREIOS, até a próxima também! Prazer enorme!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Domingo de praia durante o dia e olhares assustados durante a noite teixeirense.

Teixeira de Freitas - Bahia.

Nada como acompanhar a formação cultural de um povo,
passando alguns anos junto dele, e em seguida, escolhendo outros anos longe.

Noite de 16 de agosto, Teixeira de Freitas, olhares assustados.
Um brincante, uma história, um pandeiro, um boneco, energia pra cima na cidade onde a família reside. E muitos, muitos olhares desconfiados, assustados e firmados no conservadorismo plantado no passado. Outros olhares curiosos, receptivos e generosos. Um público em formação. Um possível futuro com outras artes para a cidade.

Três apresentações na praça da Bíblia:

(nessa mesma praça, anos antes, um irmão e alguns amigos foram proibídos e presos por optarem pela prática de um esporte, o skate).

*A primeira apresentação teve ótima receptividade.
*A segunda muitos olhares de repreensão, inclusive os da dona do espaço. Ops, da dona da barraca montada na praça pública. Espaço dela. Meu. Nosso espaço!
*A terceira apresentação aconteceu nas mesas montadas ao lado do antigo fliperama da rodoviária velha. Boa apresentação, boa troca com o público.

A quarta apresentação da noite aconteceu numa lanchonete ao lado
do shopping. Uma quebra de conceitos, se o palpite não falha.

A quinta e última apresentação. Creperia, casa cheia, público atento, chapéu cheio. Outra quebra de conceitos. Nesse lugar e a essa altura, minha e do público alí presente.


Alcobaça - Bahia.

Nove apresentações em Cabanas a beira mar e restaurantes do centro da cidade.
Satisfação grande durante cada apresentação. Descoberta de jogo e troca de brincadeiras com crianças na pracinha da caixa d'água. Experiência a ser repetida com alegria.
Obrigado Emily pelo encontro inusitado e pelo convite.
Obrigado Restaurante Mar e Sol pelo almoço.

E viva o que ainda existe da marujada, puxada de rede, festejos de bois...! Viva a capoeira com os Capitães da Areia, viva o povo de Juerana e a resistência do povo de Valença! Viva a resistência dos ensinamentos e costumes dos povos antigos de Alcobaça, Caravelas, Mucuri, Nova Viçosa, Prado e cidades circunvizinhas! E que a riqueza das tradições orais façam vibrar e enriquecer cada vez mais a cultura teixeirense! E que outros artistas se esforcem e façam diminuir o abismo que ainda existe entre quem promove arte e quem consome (no nosso caso, o teatro), contribuindo para a formação de público tanto nas ruas quanto nos teatros.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Rua da Lama, dia 12 de agosto, Vitória - ES.



Entre um restaurante e outro os trabalhadores da limpeza urbana, sentados a esperar o caminhão de lixo, indagaram.

- esses bonecos são ventríloco?

- Ah, são isso aqui ó!

Um dia de limpeza. Meu e da cidade de Vitória.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

(...)

Tô aqui pra contar uma história,
Bem ligeira e não se demora.

Sou andante das bandas do norte
Sou errante de todo caminho,
Nas estradas por onde passei,
Só carinho pra trás eu deixei

(...) Juliana Martins

Coronel Fabriciano, Ipatinga e Governador Valadares.

Apolinário, Shin Fon e Josué.


Juliana, valeu demais! Disponibilidade e generosidade nas apresentações de Coronel Fabriciano, Ipatinga e Governador Valadares. Família da Ju, obrigado pela força e pelo pouso.

Sanfoneiro Adão e violinista Marcelo, sem vocês o Matulandante no Sítio Mangueiras, em Ipatinga, não aconteceria com tanta beleza e poesia. A apresentação ganhou força com a presença de vocês e a leveza descontraída de Edy Malabares.

Edy, atuando como produtor em Valadares.
Valeu pela força nas andanças!

E pelo corre depois do acordar, preparar matula e mudar a rota de viagem.

Pessoas, lugares, arte fora da mala, novos parceiros da trabalho.

Aos amigos da cena, muito obrigado!